Gostei muito de escrever este texto.Divido com todos este momento pessoal. Que estas palavras que não pretendem ser perfeitas, auxiliem de algum modo quem viva algo similar...(Ainda estou com problemas em acessar a internet).
sexta-feira, 25 de janeiro de 2013
O GRANDE DO HOMEM É ELE SER PONTE E NÃO META! ZARATUSTRA.
...Entretanto, Zaratustra olhava a multidão, e assombrava-se. Depois falava assim:
“O homem é corda estendida entre o animal e o Super-homem: uma corda sobre um abismo; perigosa travessia, perigoso
caminhar, perigoso olhar para trás, perigoso tremer e parar.
O grande do homem é ele ser uma ponte, e não uma meta; o que se pode amar no homem é ele ser uma passagem e um acabamento.
Eu só amo aqueles que sabem viver como que se extinguindo, porque são esses os que atravessam de um para outro lado.
Amo os grandes desdenhosos, porque são os grandes adoradores, as setas do desejo ansiosas pela outra margem.
Amo os que não procuram por detrás das estrelas uma razão para morrer e oferecer-se em sacrifício, mas se sacrificam pela terra, para que a terra pertença um dia ao Super-homem.
Amo o que vive para conhecer, e que quer conhecer, para que um dia viva o Super-homem, porque assim quer o seu acabamento.
Amo o que trabalha e inventa, a fim de exigir uma morada ao Super-homem e preparar para ele a terra, os animais e as plantas, porque assim quer o seu acabamento.
Amo o que ama a sua virtude, porque a virtude é vontade de extinção e uma seta do desejo.
Amo o que não reserva para si uma gota do seu espírito, mas que quer ser inteiramente o espírito da sua virtude, porque assim atravessa a ponte como espírito.
Amo o que faz da sua virtude a sua tendência e o seu destino, pois assim, por sua virtude, quererá viver ainda e deixar de viver.
Amo o que não quer ter demasiadas virtudes. Uma virtude é mais virtude do que duas, porque é mais um nó a que se aferra o destino.
Amo o que prodigaliza a sua alma, o que não quer receber agradecimentos nem restitui, porque dá sempre e se não quer preservar.
Amo o que se envergonha de ver cair o dado a seu favor e que pergunta ao ver tal: “Serei um jogador fraudulento?” porque quer submergir-se.
Amo o que solta palavras de ouro perante as suas obras e cumpre sempre com usura o que promete, porque quer perecer.
Amo o que justifica os vindouros e redime os passados, porque quer que o combatam os presentes.
(...)
Amo aquele cuja alma é profunda, mesmo na ferida, e ao que pode aniquilar um leve acidente, porque assim de bom grado passará a ponte.
Amo aquele cuja alma transborda, a ponto de se esquecer de si mesmo e quanto esteja nele, porque assim todas as coisas se farão para sua ruína.
Amo o que tem o espírito e o coração livres, porque assim a sua cabeça apenas serve de entranhas ao seu coração, mas o seu coração, o leva a sucumbir.
Amo todos os que são como gotas pesadas que caem uma a uma da sombria nuvem suspensa sobre os homens, anunciam o relâmpago próximo e desaparecem como anunciadores.
Vede: eu sou um anúncio do raio e uma pesada gota procedente da nuvem; mas este raio chama-se o Super-homem”.
NIETZSCHE, F. - Assim falou Zaratustra - Um livro para todos e para ninguém. Tradução base José Mendes de Souza. Editora Civilização Brasileira. 145 edição, Rio de Janeiro, 2003.
domingo, 13 de janeiro de 2013
Sinal de inteligência

Uma das coisas mais inteligentes que um homem e uma mulher podem saber é saber que não sabem. Aliás, só é possível caminhar em direção à excelência se você souber que não sabe algumas coisas. Porque há pessoas que, em vez de ter humildade para saber que não sabem, elas fingem que sabem. Pior do que não saber é fingir que sabe. Quando você finge que sabe, impede um planejamento adequado, impede uma ação coletiva eficaz. Por isso, a expressão "não sei" é um sinal de absoluta inteligência. Essa é uma regra básica da vida: quando você está no fundo do poço, a primeira coisa que você precisa para sair de lá é parar de cavar. e a pá que continua cavando é o não ao saber, fingir que sei. Fingir para quem? Não existe autoengano....
Mario Sérgio Cortella, autor de Qual é a tua obra?, Editora Vozes
sábado, 12 de janeiro de 2013
Será que é preciso "Ter Razão"? Pra que? Pra quem?

Por que esta intenção inconfessável de buscar a revanche? Será que diante da constante mutação do mundo, existem verdades a serem comprovadas sempre? E a Vida, a soberana Vida que apenas clama a ser Vida que quer ser vivida? Já perguntou à Vida se é isso o que importa na Vida?
Regina Bomfim
domingo, 6 de janeiro de 2013
Atavismo médico
Após uma década de tramitação permeada por verdadeira guerra entre corporações, aproxima-se da votação final o projeto de lei que define o ato médico. Se não houver novas intercorrências, a proposta vai ao plenário do Senado em março e daí a sanção presidencial.
Verdade que o projeto atual é um pouco melhor do que sua versão inicial, mas ele ainda conserva traços excessivamente corporativistas. Uma interpretação literal do artigo 4°, III, parágrafo 4°, por exemplo, torna-se exclusividade de médicos fazer tatuagens, instalar piercings e fazer acupuntura.
sábado, 5 de janeiro de 2013
Também pelas últimas decisões veiculadas na imprensa relativo ao mesmo problema enfrentado em São Paulo
Quase sempre pegam um caso isolado e procuram produzir a adesão da sociedade, mostrando que o caminho do "acolhimento" compulsório é a melhor forma de auxiliar estas pessoas,ignorando a necessidade de investimentos em serviços já existentes, ignorando acima de tudo o histórico de exclusão, ausência do poder público que perpassa a existência destas pessoas desde sempre. Sem querer com estas reflexões ser a detentora da verdade e deixando sobretudo este espaço aberto para outras reflexões, não poderia deixar de manifestar o que penso sobre este assunto. (Regina Bomfim)CARTA DE REPÚDIO À PROPOSTA DE INTERNAÇÃO COMPULSÓRIA DE ADULTOS PELA PREFEITURA DO RIO DE JANEIRO
Fonte: Conselho Regional de Psicologia
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