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Mostrando postagens de outubro, 2012

VALORIZAÇÃO DO CARA A CARA

Empresas invertem ordem do processo de seleção e passam a dar mais peso à entrevista que ao currículo Maíra Amorim Fonte: O Globo Boa Chance  Jurados sem informação alguma sobre os concorrentes que, no palco, se apresentam cantando. É assim a dinâmica do "The Voice", novo programa da TV Globo que pretende revelar um novo talento da música. A idéia é que os juízes que ainda ficam virados de costas, não façam nenhum pré-julgamento e que sejam imparciais. No mercado corporativo, prática similar começa a ser adotada por empresas que querem dar mais igualdade de oportunidade e valorizar o potencial de desenvolvimento profissional. Assim, a entrevista passa a ser a etapa prioritária do processo seletivo, ficando o currículo em segundo plano. em alguns casos, o documento só é olhado depois de um encontro entre candidato e recrutador. É a valorização do cara a cara, reflexo tanto de mudança no perfil dos setores de RH, quanto da escassez de talentos  em algumas áreas.

ELEVAR E LIBERTAR: A DIFERENÇA

" Elevar e libertar não são a mesma coisa. Elevando-nos sentimos-nos superiores a nós mesmos, porém por afastamento de nós. Libertando-nos, sentimo-nos superiores em nós mesmos, senhores e não emigrados de nós. A libertação é uma elevação para dentro, como se crescêssemos em vez de nos alçarmos. (Fernando Pessoa). Obs: Escolhi este trecho da Ópera Thais de Massenet chamado Meditação para ilustrar esta postagem. Esta ópera é a história de um monge que tenta converter a Deus uma linda cortesã por quem acaba se apaixonando. Esta linda música é tocada quando ela pensa se deve se converter e quando está morrendo. Descobri recentemente Massenet, e me apaixonei por sua intensidade tão igual a todos nós....  

SENHORA LIBERDADE

Cada um tem para si um significado de liberdade. Falar de liberdade é também compreender o que aprisiona.  Regina Bomfim

PAPO DE MULHER

Só pra mulherzinhas.... Estava assistindo outro dia a um capítulo da novela "Lado a lado", exibida no horário das 18 horas, na Rede Globo. Eu gosto desta novela. Adoro novelas, filmes e livros de época e a Globo sabe como fazer. É tudo ambientado no Rio de Janeiro dos anos 20, às vésperas da Revolução Feminina. As mulheres existiam como cidadãos de segunda classe, sempre dependentes de um homem para manterem sua honra e sua postura.   Uma das personagens, a Isabel, uma descendente de escravos, engravida. E ela não engravida de seu então noivo e sim de um burguês praticamente desconhecido pelo qual se deixa encantar num momento de dificuldade (quem nunca?). E neste capítulo que eu assisti o tal noivo e o pai descobre a "traição". A mulher, em 1920 não era dona do seu corpo. Não era dona de sua vontade, ou do seu desejo. O noivo por vezes rejeitava a ida deles a um restaurante melhor, porque ele não tinha dinheiro

RECOLHIMENTO COMPULSÓRIO: A NOVA ORDEM DAS POLÍTICAS DE SAÚDE E ASSITÊNCIAS

Fonte: Jornal do CRP - RJ n0 34 * Setembro/Outubro/Novembro de 2012 Relatório mostra que crianças e adolescentes usuários de crack estão sendo encarceradas e dopados em unidades de "acolhimento" da prefeitura do Rio. Psicólogos e especialistas analisam os retrocessos, aas ilegalidades, a ineficácia e os interesses por trás dessa política. Era início de janeiro de 2009 e Eduardo Paes vivia seus primeiros dias frente à Prefeitura do Rio de Janeiro. rapidamente, um dos programas prioritários de sua campanha, o chamado "Choque de Ordem", foi sendo colocado em prática. Após uma ação inicial, que mobilizou cerca de 1500 agente municipais e contou com o apoio do governo do estado, o prefeito divulgou à imprensa os resultados: um prédio demolido, cerca de 80 vans e kombis vistoriados, seis veículos multados, diversas mercadorias apreendidas em oito estabelecimentos comerciais, além de cerca de 300 cadeiras de praia, 70 guarda-sóis, seis ca

TRÁFICO DE PESSOAS

   Por Mauro Ventura Fonte: Revista - Jornal O Globo (30/09)       A próxima novela das nove vai falar de tráfico de seres humanos. Em "Salve Jorge", de Glória Perez, que estréia dia 22, Morena (Nanda Costa), moradora do Complexo do Alemão, vai trabalhar como garçonete na Turquia, atraída pela oferta de uma mulher sofisticada, mas é obrigada a se prostituir numa boate, em condições desumanas. Quatro outras personagens serão traficadas para a Europa: Jessica (Carolina Diekmann), Sheila (Luci Ramos), Rosângela (Paloma Bernardi) e Valeska (Laryssa Dias). A trama não teria sido possível  sem a ajuda de Jaqueline Leite. Gaúcha, 51 anos ela criou em 1994 o Centro Comunitário de Apoio a Mulher (Chame, em Salvador, referência brasileira no assinto. Jaqueline foi para Viena (Áustria), em 1984, com a filha pequena, acompanhar o então marido músico. Deus aula de português, cantou na noite, foi guia de turismo, fez faxina. Conheceu uma suíça que trabalhava em Zurique numa ONG de aj

ENTRE O OLHO E A TECNOLOGIA

Por Chico D´Angelo – Médico e Deputado Federal (PT - RJ) Fonte: Jornal o Globo (20/09/2012) Há vinte e seis séculos, Hipócrates fixou as bases para a fundação da medicina no ocidente. Em vez de atribuir as variações entre saúde e doença ao capricho dos deuses, pôs a ampla investigação da natureza – não apenas do corpo humano, mas também dos "ares, águas e lugares", título de um dos seus livros – como forma objetiva de compreender a causa do adoecimento e de uma eventual abordagem terapêutica. Além de excluir as questões de saúde da esfera mitológica, a medicina hipocrática expressava a visão de mundo dos seus contemporâneos quanto à vida humana, ao seu ambiente e à preservação de ambos, resumidas em um princípio fundamental: Primeiro, não fazer mal". Desde o século passado, temos presenciado a crescente consolidação de uma nova mitologia na área de saúde, composta por deuses igualmente poderosos e venerados, aos quais também se at

NÓS?

  Por Martha Medeiros Fonte: Revista - Jornal O Globo  Poucas pessoas gostam de viajar sozinhas. O que é compreensível: a melhor modalidade é a dois, também acho. Mas na ausência momentânea de parceria, por que desconsiderar uma lua de mel consigo mesmo? Uma amiga psicanalista me disse que não é por medo que as pessoas não viajam sozinhas, e sim por vergonha. Faz sentido: numa sociedade que condena a solidão como se fosse uma doença, é natural que as pessoas se sintam desconfortáveis ao circularem desacompanhadas, dando a impressão de serem portadoras de algum vírus contagioso. Pena. Tão preocupadas com sua autoimagem, perdem de se conhecerem mais profundamente e se divertir com elas próprias.   Vivi recentemente essa experiência. Tirei dez dias de férias (você não reparou porque segui enviando as crônicas para o jornal, um privilégio da minha profissão). Estive em lugares que já conhecia para não me sentir obrigada a conferir as atrações turísticas - o "apro