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Mostrando postagens de janeiro, 2012

PONTOS DE VISTA

Atualmente venho pensando sobre apegar-se excessivamente a pontos de vista. Esta dificuldade de enxergar que o que é essencial para mim, pode não ser para o outro e o quanto tal atitude pode fazer com que nos detenhamos em justificativas desnecessárias tentando converter o outro àquilo que pensamos. Isso é tentador, já vivi isso muitas vezes no cotidiano, mas ao mesmo tempo é inútil porque pode fazer com que converter o outro ao que penso se transforme no foco maior do que prosseguir no caminho que cada um tem que desenhar.  Há que se refletir se o vigor daquilo que acreditamos está em convencer o outro ou empreender os movimentos necessários para fazer acontecer o que queremos. Há situações aonde convencer é importante, quando por exemplo, você cria uma tese e precisa defendê-la para a aquisição de um título acadêmico, mas há outras situações que talvez tudo não precise todo o tempo ser colocado à prova. Será que apenas esta certeza que nos alenta já não é suficiente para

PERFIL DE CARGO

Por Berenice Faria - Gerente de RH do Grupo Hermes Recursos Humanos costuma dizer que "não existe receita de bolo para o sucesso da gestão". Mesmo diante das mudanças no rumo dos negócios, os chamados cargos e funções das empresas ainda são descritos por um conjunto de características que ganha o nome de perfil. E os equívocos em um perfil podem custar caro para organizações, gerando, por exemplo, transferências forçadas, demissões precoces e outros movimentos de pessoal não previstos no momento da contratação de um funcionário. Embora a definição desses "ingredientes" parta da iniciativa do gestor de cada área, a contribuição ou o suporte do RH precisa ser cada vez mais intenso no sentido de ajudar o gestor a ampliar sua visão. "Percebo que os gestores, em geral, têm alguma dificuldade em levantar o perfil comportamental das vagas que demandam, ou seja, que tipo de atitude suas pessoas precisam ter quando se relacionam no trabalho, ao

CORTINAS DE FUMAÇA: NOSSO DOM DE ILUDIR...

Cortinas de fumaça: o nosso dom de iludir... a nós mesmos "Não sei mais se corrigi alguns medos que vinham me distorcendo, ou se distorci minha personalidade para não percebê-los" (Felipe Hirst)

POESIA COMO MÚLTIPLA POSSIBILIDADE

Poética Manoel Bandeira Estou farto do lirismo comedido do lirismo comportado Do lirismo funcionário público com livro de ponto e expediente protocolo e [manifestações de apreço ao Sr. Diretor Estou farto do lirismo que pára e vai averiguar no dicionário o cunho [vernáculo de um vocábulo Abaixo os puristas Todas as palavras sobretudo os barbarismos universais Todas as construções sobretudo as sintaxes de exceção Todos os ritmos sobretudo os inumeráveis Estou farto de lirismo namorador Político Raquítico Sifilítico De todo lirismo que capitula ao que quer que seja fora de si mesmo O resto não é lirismo Será contabilidade tabela de cossenos secretário do amante [com cem modelos de cartas e as diferentes [maneiras de agradar às mulheres, etc Quero antes o lirismo dos loucos O lirismo dos bêbedos O lirismo difícil e pungente dos bêbedos O lirismo dos clowns de Shekespeare Não quero mais saber do lirismo que não é libert

SOLIDÃO

"Não existe solidão maior que a falta de si mesmo." (Andrea Pavlovitsch)

MENTE E CÉREBRO: SEUS IMPASSES E DESCOBERTAS

O mal - estar na 'cultura somática' Maria Cristina Franco Ferraz - Professora titular de Teoria de Comunicação da UFF e autora de "Homo deletabilis: corpo, percepção e esquecimento do século XIX ao XXI", entre outros livros. Desde os anos 1990, alguns autores têm assinalado certa alteração no modo de se produzir a subjetividade nas sociedades liberais avançadas. Isso não implica que um modo de construir o "eu" tenha se esgotado, em favor de outro. O que se pode verificar são tendências de transformação em andamento. Como mostrou Foulcault, a configuração do sujeito moderno esteve ligada à crença em uma interioridade a ser examinada, na qual se aninhava sua verdade mais profunda e autêntica, associada à intância do desejo. A tensão constante entre a força da sexualidade e poderosas pressões sociais se expressava no modo como os conflitos eram vividos e elaborados em narrativas, bem como em novas ciências humanas emergentes na virada do século XIX

NEUROCIÊNCIA E ESTUDOS DA CONSCIÊNCIA

Leituras da mente: neurociência avança no estudo da consciência e se aproxima de questões filosóficas discutidas por Aristóteles, Dante e Shakespeare Guilherme Freitas Enquanto explica a um leigo as principais teses de seu novo livro, "E o cérebro criou o homem" (Companhia das Lettras, tradução de Laura Teixeira Motta), o neurocientista português Antônio Damásio recorre alternadamente a estudos de ponta em suas área e à obra de alguns dos principais filósofos ocidentais, como Descartes e Spinoza. Mais que uma estratégia de popularização da ciência, a postura de Damásio pode ser entendida como uma tentativa de conectar os avanços nas pesquisas sobre consciência, memória e percepção a um tipo de reflexão sobre a natureza humana que costuma ser mais associado à filosofia, à psicologia e às artes.

O ANEL DOS NIBELUNGOS: UM OLHAR

Certa vez, assisti na TV aberta um filme chamado O Anel dos Nibelungos. De modo geral gosto de filmes medievais que flertam com o "fantástico", como as Crônicas de Nárnia, O Senhor dos Anéis entre outros. No caso do filme destacado, a história girava em torno de um jovem nobre, mas por causa de uma invasão ao seu castelo, seu pai morreu e ele se perdeu da sua família, sendo criado por um hábil ferreiro que lhe ensinou o seu ofício e omitiu a verdade de sua origem. Este jovem, tornou-se um grande guerreiro capaz de feitos extraordinários. Não vou contar o filme, claro! Pude entender que se tratava da busca do homem na direção de saber quem ele de fato é, fala de coragem em empreender esta busca ao mesmo tempo que também se refere à vulnerabilidade que sempre temos que encarar no nosso caminho e que não é possível ter tudo tampouco, saber tudo, o que se agrava ainda mais quando o homem se perde das suas referências, de quem ele é. E isto me trouxe para os desaf

BORBOLETAS: UM CLÁSSICO

Borboletas Quando depositamos muita confiança ou expectativas em uma pessoa, o risco de se decepcionar é grande. As pessoas não estão neste mundo para satisfazer as nossas expectativas, assim como não estamos aqui, para satisfazer as dela. Temos que nos bastar... nos bastar sempre e quando procuramos estar com alguém, temos que nos conscientizar de que estamos juntos porque gostamos, porque queremos e nos sentimos bem, nunca por precisar de alguém. As pessoas não se precisam, elas se completam... não por serem metades, mas por serem inteiras, dispostas a dividir objetivos comuns, alegrias e vida. Com o tempo, você vai percebendo que para ser feliz com a outra pessoa, você precisa em primeiro lugar, não precisar dela. Percebe também que aquela pessoa que você ama (ou acha que ama) e que não quer nada com você, definitivamente, não é o homem ou a mulher de sua vida. Você aprende a gostar de você, a cuidar de você, e principalmente a gostar de quem gosta de você