Photo by Nick Arnot on Unsplash Voltando de uma consulta, aprendi algo com minha mãe. Ela, com seu caminhar lento em seus quase 90 anos que jamais aparentou, procurei mais do que reduzir meu caminhar para acompanhá-la, mais abri minha alma ao tempo dela, como se naquele momento estivéssemos numa bolha em meio a todo movimento frenético do Centro da cidade. Ali, junto com ela, tecemos um outro tempo e deixei-me envolver por aquele momento, seu ser, sua fala, seu pensar. É sempre bom estar com ela, pela sua ainda presente jovialidade. Minha mãe sempre me capturou pelo seu bom humor. Tenho com ela um arquivo de muitas risadas tiradas até de situações ácidas, tenho um arquivo da sua mão nos meus cabelos na infância que podia sentir a calma que vinha das suas mãos e quase dormia quando penteava meus cabelos. Ela ainda me acalma e me ensina a calma. Mesmo em nossas diferenças de pensamento, o riso, a sua energia tão suave de quem tem Rosa no nome, sempre foi a...