MOMENTOS DIFÍCEIS: AUTOCONHECIMENTO FORÇADO
Há momentos na vida que as experiências nos convidam a reavaliar os caminhos já percorridos, pensar nas escolhas que foram feitas, se na vivência das mesmas, ainda há a mesma chama que as motivou. Escolher uma profissão, um amor para dividir a vida, estabelecer metas diversas neste nosso constante querer mais, este caminhar-além que nos caracteriza e nos faz humanos.
A chama primeira que aquece a nossa alma e nos faz caminhar na direção daquilo que queremos. Quando conquistamos, o nosso entusiasmo permanece? Ou estamos apenas no "piloto automático"? Será que o que acreditávamos de modo entusiasmado perdeu a vitalidade ou se transformou em outra coisa? Quando falo disso, não estou me referindo só a trocar um celular, ou adquirir a casa própria, mas sim dos nossos valores mais caros, aqueles que nos definem, que construíram a nossa identidade. Por exemplo, quando escolhemos uma profissão existem um sistema de valores que a rege e garantem o seu exercício correto. Não é possível fugir ao código de ética das profissões, pelo menos é o desejável. Embora tudo seja mutável, há certos princípios mais profundos que governam as nossas ações.
ENTRE O ESSENCIAL E O NECESSÁRIO NO MOMENTO
Há momentos enfim, que a nossa vida toma certos "atalhos" e a gente vai se perdendo do que realmente é essencial para nós, aquilo que um dia fez a nossa alma se acender e sair à procura, criar. Será que temos tomado mais atalhos porque isso representa ser "responsável". "realista" e assim termos a segurança (?) da consideração dos outros?Costumo definir motivação como um sentimento de entusiasmo que nos leva a criar, nos realizarmos e se manter motivado é aprender a ir em busca do que realmente somos e que as pessoas são o que são. Ou seja, entre a criação e a concretização haverá um caminho sempre inesperado. É um exercício aprender a ver o inesperado como um ingrediente do caminho.
O correr da vida e os atalhos dolorosos ou até atrativos, fazem com que a gente em certos momentos, perca de vista o contato como esta coisa valiosa que nos faz ser quem somos, mas esta chama cheia de vida e luz que todos temos está no mesmo lugar: na nossa individualidade, a nossa marca como seres no mundo, únicos e irrepetíveis. Viver é uma viagem e buscar dar sentido a esta "passagem" é a tarefa de toda uma vida. Então, o que te motiva?
Regina Bomfim
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