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EQUILÍBRIO HUMANO

EQUILÍBRIO HUMANO


Parabenizo a Dra. Berenice Kuenerz por suas idéias e pelo (a) jornalista que a entrevistou sabendo transmitir no texto a real função das psicoterapias que é promover a existência humana no sentido de uma atuação num mundo sempre mutável e desafiador, no seu melhor. Não importa a abordagem escolhida. O importante é o passo dado em admitir que em certo momento da vida precisamos de ajuda para estar no mundo da melhor forma, na forma da alegria, do prazer.



Berenice Kuenerz aponta a viabilidade do caminho das terapias


A luta desenfreada para cumprir metas e corresponder às expectativas de terceiros acabam levando o ser humano, na maioria das ocasiões, sem que ele perceba, a estar desconectado de si mesmo. Ao se dar conta de que perdeu o controle da situação, este ser humano volta a procurar algo a que chama de equilíbrio. Estatisticamente, cresce o número de profissionais que buscam essa "retomada" por meio de alguma terapia.

A maioria dos trabalhos feitos por RHs, infelizmente, são apenas para adequar e enquadrar pessoas a uma cultura organizacional e fazê-la produzir com qualidade, esse é um grande erro, por isso, ao procurar uma atividade terapêutica é preciso se ter o foco em expandir a pessoa, ajudando-a a se conectar com sua força potencial de crescimento, a vivenciar e retirar o aprendizado de todas as situações da vida", destaca Berenice Kuenerz, diretora do Instituto da Pessoa.

Para esta psicóloga, com formação humanista integral e amplo estudo em filosofia oriental, o ideal é que cada um se sinta estimulado a vivenciar e a retirar aprendizado dessas vivências.

"Consciência de presença"

Para auxiliar o desenvolvimento desta capacidade, Berenice acredita que os trabalhos terapêuticos, aplicados por empresas ou por pessoa (individualmente), devem visar uma "consciência de presença" que envolva corpo, mente, emoção e espírito da pessoa e sua conexão com o mundo em relação consigo mesma. "Seja a Terapia Integral ou também as de orientação humanista, o importante é levar a pessoa para além dos padrões estabelecidos, proporcionando a ela espontaneidade, liberdade, criatividade e responsabilidade total por suas decisões", ressalta.

Berenice define o termo "equilíbrio" nos dias atuais como  " uma resistência e capacidade em vivenciar e responder às situações contínuas de pressão, sem perder a clareza mental, o domínio das emoções e com o menor desgaste físico e energético possível." Ela entende que, embora algumas pessoas tenham mais equilíbrio por estarem geneticamente predispostas a isso , é possível se adquirir e aprimorar esta capacidade por meio das terapias.

Escolas também não estimulam

O principal fator que leva o ser humano a se desconectar consigo mesmo, segundo a psicóloga autora do livro "Para Tornar a Vida Bela (2011, Editora Grifos)", é mesmo o cultural. ela não sugere que esta seja uma determinação corporativa, de organizações privadas e públicas, mas da própria sociedade, no seu papel de formadora. "As crianças deveriam aprender na sala de aula a como se perceberem e lidarem com seus sentimentos e emoções, descobrir e valorizar suas potencialidades, construindo autoestima e motivação para atuarem na vida", destaca Berenice. ela acrescenta que os jovens são, desde cedo, estimulados negativamente pela família, escola e mídia a admirarem e seguirem modelos externos muitas vezes totalmente diferentes de suas naturezas. Esta postura cria um padrão de repetição e enquadramento que não proporciona o autoconhecimento e nem a criatividade.

Preferindo não citar nem priorizar nomes de terapias específicas, ela reforça que o simples fato de alguém ter consciência de que precisa de uma terapia, seja para definir seu foco profissional ou pessoal, é um primeiro passo. Berenice resume o "x da questão": é vital encontrarmos um ambiente terapêutico que nos vá guiar ao autoconhecimento, a ter uma mente clara, com boa capacidade de concentração e atenção, habilidade para lidar com nossas emoções, um corpo com energia e força e um coração entusiasmado para lidar com fatos novos o tempo todo
Fonte: Jornal O Globo Boa Chance/ Gestão de Pessoas - ABRH-RJ 



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