Entrevista
José Roberto AranhaProfessor
Diretor do Instituto Gênesis/ PUC - Rio www.genesis-puc-rio.br/
Como as incubadoras ajudam a aumentar o grau de inovação de um novo negócio?
Aproximando laboratórios de pesquisa dos empreendedores, juntando empresas com problemas similares, dando consultoria específica e unindo necessidades de grandes empresas e incubadoras.
Cite um resultado desse trabalho?
As ajudas da incubadora são pontuais. Contarei dois casos. Um grupo desenvolveu sensores por fibra ótica para medir pressão, temperatura etc., que serviram para ajudar na exploração do petróleo. O Gênesis fez um trabalho de prospecção desta tecnologia e viu que poderia ser usada em aviônica, construção de pontes etc. Com isso ficava viável se construir uma empresa para sensores. Foi criada, então a Gávea Sensor, que cresceu rapidamente e foi comprada pela Lupatech. Outro caso: juntamos três empresas nossas da área de educação à distância para que um grupo investidor tivesse interesse em colocar recursos nela. Assim nasceu a Affero, hoje a maior na educação à distância na América Latina. O que uma incubadora faz é estimular a boa ideia, encontrar oportunidades, arrumar o projeto sustentavelmente e ajudar a empesa a se capitalizar e entrar no mercado.
Jovens empreendedores estão atentos à diferença entre criatividade e inovação?
A diferença ainda não é bem difundida na sociedade. Você precisa de criatividade para inovar, mas não se inova só com criatividade. Inovar induz à ação, à realização. Não é só concepção.
É possível estimular a criatividade numa empresa?
Depende dos valores da empresa, de a abertura à mudança transpirar pela gestão. ela pode sim, ser estimulada, mas não sei se muitas empresas querem realmente desenvolver a criatividade de seus funcionários.
Fonte: Boa Chance
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