O COMPRADOR NÃO VAI MAIS DISCAR, VAI TUITAR
Entrevista
Por Gustavo Pedrazza
A tecnologia mudou a forma como as pessoas se comunicam inclusive com as empresas. Foi pensando nessa realidade e conectando a inovação e sustentabilidade, que Gustavo Pedrazza, diretor de Arte e Criação da agência Sensorial, pensou numa solução para um dos seus clientes, uma construtora. O carioca criou uma fórmula de mostrar ofertas através da geolocalização, o que elimina aquela "panfletagem" nos sinais e no trânsito - algo, aliás, proibido no Rio.
Como surgiu a ideia? Eu percebi que as pessoas ao meu redor utilizavam cada vez mais os serviços de geolocalização para fugir do trânsito ou calcular quanto tempo demorariam para chegar a algum lugar. Vi uma oportunidade de mostrar os estandes de visitação de construtora para as quais trabalho de acordo com a geolocalização, ao invés de distribuir panfletos, que além de serem ineficientes, ajudam a poluir a cidade.
E como o recurso funciona? Os aplicativos percebem quando o motorista pára o carro, seja por causa do trânsito ou do sinal, quando o veículo não está em movimento, isto para evitar acidentes, ele recebe um informe com o estande mais próximo dentro de um raio de 7km. apesar de, por enquanto, utilizarmos o sistema apenas no caso das construtoras, é uma ideia muito funcional, em diversos aspectos para muitos segmentos.
O resultado dessa primeira experiência surpreendeu? Olha, eu confio muito nas inovações e na tecnologia. Percebemos sim, um aumento no número de visitantes dos estandes e acreditamos que este avanço se refletiu nas vendas. Foi um resultado muito bom. Já realizamos venda de imóvel pelo whatsapp, por exemplo. Utilizar novas formas de comunicações para negócios é essencial.
Como as empresas que têm métodos tradicionais de propaganda, como o caso das construtoras, podem se reinventar com a tecnologia? O que nós percebemos é que fazíamos algo que já não tinha tanta efetividade. As pessoas mudaram suas formas de ver o mundo, de relacionamento, tudo é eletrônico. Acho que as empresas tradicionais precisam estar atentas a estas e outras mudanças que vêm por aí, pensando que esse comprador não vai mais discar, vai tuitar.
Fonte: Boa Chance
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