Como as organizações podem ganhar com a convivência entre profissionais de épocas e perspectivas distintas
Por Luciana Calaza
Fonte: Boa Chance
* Este texto é de 09/08/2013
Estabilidade versus imediatismo. expertise versus ousadia. As empresas e seus administradores ainda estão aprendendo a gerenciar potencialidades e fragilidades de cada geração - os baby boomers, os X,Y e Z. Mesclar o formal e o informal, o terno e gravata com o tênis, os informativos impressos com os sites, blogs e redes sociais. O Boa Chance convidou dois profissionais das duas gerações que predominam no mercado de trabalho - a X e a Y para um bate papo intermediado pela consultora de RH Jacqueline Resch RH.
Gean Douglas Costa tem 41 anos de idade e 21 de carreira. Graduado em engenharia civil, tem MBA em gestão e está há uma ano na Nova Rio como diretor de Facilities onde gerencia diferentes áreas em que a empresa atua como prestadora de serviços terceirizados. No emprego anterior ficou 14 anos. Piercing no nariz, a administradora Fernanda Veiga, de 24 anos é estagiária da TIM, morou um ano em Londres e está no seu terceiro emprego. ela entrou na empresa de telefonia em 2011, na a´rea de qualidade e desde o ano passado, quando participou de um job rotation, está no RH.
Como profissionais do seu tempo, ambos têm perfis em redes sociais - os dois estão no Facebook e no Linkedin, e Fernanda está também no Instagram e no Twitter. confira os principais tópicos do debate, que pode ser acompanhado em video, no nosso site*.
VALORES IMPORTANTES
GEAN: Quando entrei no mercado de trabalho, busquei uma empresa com a estrutura sólida, de competência reconhecida no mercado e disposta a investir no meu crescimento profissional. Hoje continuo pensando no meu crescimento, mas também me atraem valores como respeito ao cliente, idoneidade, integridade, lealdade, honestidade, respeito e valorização das pessoas, política do ganha-ganha e responsabilidade social e ambiental.
FERNANDA: O que me atrai numa empresa é a questão do desenvolvimento. Quero perceber que o investimento da minha carreira é uma real preocupação da empresa. Outro valor que busco é o incentivo ao "pensar fora da caixa", o que faz com que o colaborador se desafie constantemente.
O QUE AS EMPRESAS BUSCAM?
GEAN: Quando ingressei no mercado, as empresas buscavam pessoas com conhecimentos práticos e teóricos, além de disponibilidade, motivação e comprometimento. O que mudou nos últimos 20 anos é que, além desses requisitos básicos, foram integrados variáveis como velocidade, inovação, produtividade e rentabilidade financeira.
FERNANDA: Considerando as habilidades comportamentais, acredito que as empresas valorizam a iniciativa, a inovação, a energia realizadora e o trabalho em equipe. Já se considerarmos as habilidades técnicas, as ferramentas de computação e o inglês aparecem de forma significativa.O lado acadêmico também tem seu peso, já que precisamos estar nos reciclando o tempo todo, com MBA; pós-graduação etc.
FONTE DE APRENDIZADO
GEAN: Certa vez convidei um estagiário para participar de uma reunião importante na empresa, estávamos trabalhando na customização de um sistema informatizado de gestão de serviços. O rapaz deu uma ideia fantástica.Ele fez uma reengenharia que resolveu um dos entraves do sistema usando um mecanismo de jogo eletrônico. Com isso aprendi a lição de que todas as pessoas de uma equipe de trabalho devem ser valorizadas, independentemente do nível hierárquico, afinal possuem algo de valor que pode contribuir com a nossa melhora contínua.
FERNANDA: Aprendi principalmente com as minhas gestoras, a alinhar minhas expectativas e gerenciar minha ansiedade - característica bastante presente na minha geração - evitando que isso impacte de forma negativa no meu trabalho.
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