Pesquisa da ABRH-RJ indica o que os profissionais esperam da cultura organizacional de suas empresas
Fonte : Boa Chance
Condição necessária para o sucesso de qualquer negócio, a sintonia entre a cultura da empresa e os valores pessoais dos funcionários foi tema de uma recente pesquisa da Associação Brasileira de Recursos Humanos. Com o objetivo de ajudar as organizações a compreender melhor a visão dos colaboradores, com dados embasados, a ABRH-RJ realizou um levantamento com mais de 400 profissionais de RH no Rio de Janeiro. A ideia era avaliar quais valores as pessoas reconhecem nelas mesmas e quais elas mais estimam encontrar no ambiente de trabalho.
- O levantamento trouxe dados que podem contribuir para que as empresas conheçam melhor os propósitos dos seus funcionários e possam avaliar como está a comunicação interna, ou seja, se os valores que norteiam a organização estão sendo compreendidos pelo público-alvo. O trabalho realizado pela ABRH-RJ ajuda até mesmo a refletir se não há necessidade de rever a cultura organizacional - explica o presidente da entidade, Paulo Sardinha.
Para a pesquisa, foi entrevistado um público formado principalmente por gestores intermediários, alta administração, conselheiros e empresários (48% do total); analistas coordenadores de RH e consultores internos (24%), professores, técnicos e especialistas (28%), entre outros. Micro, pequenas e médias empresas somam 40% da amostra e, grandes empresas 60%. quanto a idade dos respondentes, sobressaíram profissionais acima dos 41 anos, com 56%. Segundo a faixa de dos mais jovens, até 30 anos, correspondentes apenas por 15% das respostas.
Uma das responsáveis pela análise, a diretora de ABRH-RJ Alba Duarte comemora o fato de que entre os cinco valores pessoais mais citados três sejam voltados para a realização plena do potencial humano. Para ela, a presença de comprometimento, ética e honestidade no topo da lista sugere que as empresas não terão dificuldade em mobilizar os colaboradores com ações que reforçam esses princípios.
- Na verdade, os dez valores pessoais mais citados nas entrevistas criam um cenário positivo para empresas, pois também estão na lista de aprendizagem contínua, atingir metas, capacidade de influenciar, adaptabilidade, atitude positiva, capacidade positiva e família. Todos sem exceção, são de extrema relevância para uma organização que busca colaboradores abertos ao contínuo desenvolvimento e que tenham capacidade de responder sob pressão -, completa Alba.
VALORES DESEJADOS
Paulo Sardinha observa que a outra parte do levantamento - onde são listados os dez valores que os profissionais mais esperam encontrar na cultura da empresa - permite que gestores fiquem otimistas com as possibilidade de convergência entre os propósitos da organização e o de seus colabores. Ele explica que a presença de itens como aliança estratégica, atingir metas e orientação para resultados indica que os profissionais reconhecem a importância de serem estimulados valores que visem diretamente o negócio. Para o presidente da ABRH-RJ, isso significa que são profissionais que conseguem ter uma visão global do que é a empresa, de que ela deve ter uma cultura que consiga aliar a gestão de pessoas com a gestão de negócios.
- Às vezes é um desafio para uma empresa fazer com que os colaboradores tenham essa visão mais global, entendendo que o negócio é a finalidade da organização. Porém, a pesquisa apresenta um cenário distinto, apesar de termos que considerar a limitação da representatividade da amostra.
Alba concorda com a análise e defende que cabe aos gestores saberem aproveitar a compreensão dos colaboradores de que a cultura organizacional deve considerar toda da complexidade da empresa.
- Se todos reconhecem que a cultura de metas e de orientação para resultados é importante para o crescimento da empresa, isso traz enorme facilidade para que se tenha colaboradores engajados.
Alba defende que a empresa que souber avaliar sua cultura organizacional e alinhar com as expectativas do mercado profissional conseguirá não somente atrair e reter talentos, mas aproveitar e desenvolver ainda mais os valores pessoais dos colaboradores como comprometimento, ética e atitude positiva.
METODOLOGIA DE PESQUISA
O levantamento contou com o apoio do consultor da Barrett Values Center Bernardo Teixeira Diniz, responsável pela metodologia Cultural Transformation Tools (CTT). O modelo desenvolvido pelo inglês Richard Barrett, permite que se obtenha um mapa detalhado do tipo e do nível de consciência dos indivíduos e organizações, bem como à sua evolução quando medido periodicamente.
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