"É muito comum as pessoas interrogarem a respeito do significado das suas existências, tão acostumadas estiveram por múltiplas gerações a lhe serem imposto o mesmo.
No passado as religiões dominantes estabeleciam que o primeiro filho deveria pertencer às armas, a fim de salvar o Estado, o segundo pertenceria a Deus, servindo à religião e entregando-se-lhe em totalidade, embora sem nenhuma vocação nem desejo. O mesmo ocorria em relação à filha que deve servir a Deus, educar-se em serviços domésticos, sendo-lhe negado o direito ao conhecimento, à cultura, porque era tida como inferior, sem alma, sem discernimento...
O absurdo imposto ressurgiu como hipocrisia, mediante a qual havia a postura convencional, que a sociedade aceitava, e o desvario oculto, criminoso muitas vezes, a que os indivíduos se entregavam, como forma de sobrevivência à asfixia imposta pela neurose religiosa.
As aberrações e extravagâncias eram praticadas, mas não constituíam crime nem censura, desde que não fossem divulgadas... É natural que esse perverso atavismo restaura do inconsciente coletivo e pessoal e imponha ao indivíduo a necessidade de que alguém lhe diga qual é o sentido da sua existência (...)".
Joanna de Ângelis
A psicoterapia é um processo temporário que dependendo da necessidade, deve auxiliar o indivíduo a tomar posse de si mesmo e a busca do significado da existência é um processo pessoal e intransferível de toda uma vida.
Regina Bomfim
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