A psicofobia é o preconceito contra pessoas que sofrem de transtornos mentais e está mais presente no dia a dia do que imaginamos. Aparece quando alguém diz que está fazendo terapia e alguém pergunta a razão num tom de pena ou então ironiza, rejeita. Como a palavra preconceito se explica em sua própria estrutura, é fruto do desconhecimento que causa rejeição e como qualquer tipo de prejulgamento, causa prejuízos a quem sofre. Nem sempre buscar atendimento psicológico implica ter um transtorno mental grave, mas não é disso que vamos falar.
De modo geral, a procura se dá quando o sofrimento já afeta de modo significativo a qualidade de vida do indivíduo. Costuma ser uma atitude muito pensada e quando comunicada a familiares e amigos acontecem as ironias, o pensamento "é frescura" e os relatos daqueles que "passaram por situações piores e venceram". É para muitos assinar um" atestado de fraqueza, de total incompetência" diante da própria vida. Algumas vezes é esse o dilema a ser enfrentado, além da própria dor: a falta de apoio, incompreensões. Isto está mudando, mas ainda acontece.
Durante muito tempo, pessoas que sofriam transtornos mentais sempre estiveram á margem da sociedade, associados a demônios, bruxas e o que havia de pior. Seres perigosos a quem apenas restava o abandono e o temor. Com o desenvolvimento, da Psiquiatria, Psicologia, Neurociência etc a busca por compreender e tratar estes fenômenos foi trazendo um novo olhar com estudos que cada vez mais dialogam com várias dimensões humanas seja fisiológica, emocional, social, espiritual etc. Tudo isso pouco a pouco vai diluindo preconceitos.
É um processo ainda em curso e por isso pessoas portadoras de transtornos vivem o reflexo de toda essa visão equivocada do passado associada às visões não menos padronizantes do tempo presente. Resquícios desta perspectiva higienista ainda permanecem no discurso e na prática em diversos segmentos da sociedade. A informação pode ajudar.
TIPOS DE AGRESSÃO
Ah! Isso é uma fase, a tristeza vai embora, passa, fica assim, não.
Você é louca (o), precisa ser internada (o), é muito difícil conviver com você!
Isso é frescura, deixa disso, tudo pra você é doença!
Você quer moleza, vai trabalhar!
Se eu venci você também vai conseguir! Minha vida foi muito pior!
1) Transtorno de saúde emocional é doença
Os transtornos emocionais acontecem por uma série de fatores: biológicos, nutricionais, genéticos, familiares, pessoais... Ninguém tem controle total sobre todas as contingências da vida, quanto mais no desenvolvimento de um transtorno psiquiátrico.
2) A pessoa não escolhe sofrer nem para de sofrer
Não é "covardia", nem "frescura", nem para "chamar atenção" e muito menos "incompetência". Ninguém ataca uma pessoa ou a manda parar de espirrar porque está com gripe, por isso não adianta pedir para a pessoa com depressão parar de se sentir triste, por exemplo. Há pessoas cujos transtornos psiquiátricos se desenvolvem em função de alterações orgânicas e estar ou não bem não é ato da vontade e racionalidade.
3) Todos nós estamos suscetíveis
Como foi dito acima um transtorno de saúde emocional é fruto de fatores biopsicossociais diversos que não temos controle e nem total ciência. Deste modo, qualquer um de nós pode ter um transtorno. Sim, pode acontecer com qualquer pessoa independente de situação sócio-econômica, cor da pele, religião.
Para ter um transtorno mental basta ser pessoa. Se você é pessoa, faz parte do grupo de risco. Todos estamos abertos à possibilidade de alterações em nossas emoções.
Sim, podemos prevenir, assim como podemos prevenir as doenças cardiovasculares com alimentação balanceada, atividade física regular, reconhecimento e manejo das próprias emoções (quando não falamos de causas biológicas de transtornos mentais). A prevenção é possível, a assepsia não.
Pessoas do meio artístico, como Monique Evans (transtorno de Borderline) e Cassia Kis Magro (Bipolaridade e bulimia) e recentemente o Padre Fábio de Melo entre outros trouxeram a público a sua jornada quase sempre tortuosa com a doença e as incompreensões vividas. O corajoso relato destas pessoas públicas ajuda a diminuir o preconceito e superar falsas concepções sobre o transtorno. Dia 12 de abril é o Dia Nacional de Enfrentamento contra Psicofobia.
O cuidado e a atenção de pessoas com transtorno é muitas vezes intensivo e por isso difícil. Mas isso não justifica agressões e preconceitos.
BUSQUE AJUDA
Há pessoas que por medo do preconceito e/ou por alimentar em si estes mesmos preconceitos, adiam a busca por ajuda, mesmo sentindo precisar muito. Deixo um link sobre os lugares que realizam atendimento social para aqueles que não podem custear o tratamento aqui no Rio de Janeiro. Existem também Neuróticos Anônimos, o Centro de Valorização da Vida. Graças à internet é possível descobrir outras possibilidades. Se souber de algum local que eu não saiba, deixe registrado que publicamos de algum modo.
Buscar ajuda
Associação Brasileira de Psiquiatria
Regina Bomfim
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Ah! Isso é uma fase, a tristeza vai embora, passa, fica assim, não.
Você é louca (o), precisa ser internada (o), é muito difícil conviver com você!
Isso é frescura, deixa disso, tudo pra você é doença!
Você quer moleza, vai trabalhar!
Se eu venci você também vai conseguir! Minha vida foi muito pior!
1) Transtorno de saúde emocional é doença
Os transtornos emocionais acontecem por uma série de fatores: biológicos, nutricionais, genéticos, familiares, pessoais... Ninguém tem controle total sobre todas as contingências da vida, quanto mais no desenvolvimento de um transtorno psiquiátrico.
2) A pessoa não escolhe sofrer nem para de sofrer
Não é "covardia", nem "frescura", nem para "chamar atenção" e muito menos "incompetência". Ninguém ataca uma pessoa ou a manda parar de espirrar porque está com gripe, por isso não adianta pedir para a pessoa com depressão parar de se sentir triste, por exemplo. Há pessoas cujos transtornos psiquiátricos se desenvolvem em função de alterações orgânicas e estar ou não bem não é ato da vontade e racionalidade.
3) Todos nós estamos suscetíveis
Como foi dito acima um transtorno de saúde emocional é fruto de fatores biopsicossociais diversos que não temos controle e nem total ciência. Deste modo, qualquer um de nós pode ter um transtorno. Sim, pode acontecer com qualquer pessoa independente de situação sócio-econômica, cor da pele, religião.
Para ter um transtorno mental basta ser pessoa. Se você é pessoa, faz parte do grupo de risco. Todos estamos abertos à possibilidade de alterações em nossas emoções.
Sim, podemos prevenir, assim como podemos prevenir as doenças cardiovasculares com alimentação balanceada, atividade física regular, reconhecimento e manejo das próprias emoções (quando não falamos de causas biológicas de transtornos mentais). A prevenção é possível, a assepsia não.
Pessoas do meio artístico, como Monique Evans (transtorno de Borderline) e Cassia Kis Magro (Bipolaridade e bulimia) e recentemente o Padre Fábio de Melo entre outros trouxeram a público a sua jornada quase sempre tortuosa com a doença e as incompreensões vividas. O corajoso relato destas pessoas públicas ajuda a diminuir o preconceito e superar falsas concepções sobre o transtorno. Dia 12 de abril é o Dia Nacional de Enfrentamento contra Psicofobia.
O cuidado e a atenção de pessoas com transtorno é muitas vezes intensivo e por isso difícil. Mas isso não justifica agressões e preconceitos.
BUSQUE AJUDA
Há pessoas que por medo do preconceito e/ou por alimentar em si estes mesmos preconceitos, adiam a busca por ajuda, mesmo sentindo precisar muito. Deixo um link sobre os lugares que realizam atendimento social para aqueles que não podem custear o tratamento aqui no Rio de Janeiro. Existem também Neuróticos Anônimos, o Centro de Valorização da Vida. Graças à internet é possível descobrir outras possibilidades. Se souber de algum local que eu não saiba, deixe registrado que publicamos de algum modo.
Buscar ajuda
Associação Brasileira de Psiquiatria
Regina Bomfim
Infelizmente ainda é uma realidade o preconceito com as pessoas que buscam ajuda psicológica.
ResponderExcluirAlgo que vem mudando devagar, mas ainda é presente...
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