O impacto da crítica e qualquer atitude que leve o outro a se sentir desqualificado ou em dúvida sobre o seu valor é compreendido a maioria das vezes como algo prejudicial, principalmente quando acontece com muita frequência. O nível de intimidade, a hierarquia no caso profissional, também podem interferir.
Tratados e mais tratados de psicologia, se divergem em alguns tópicos nos seus fundamentos e intervenções, neste ponto, haverá sempre acordo sobre a influência deste ato que pode causar danos à construção da identidade do indivíduo. Ou não. O bom é saber que pode ser reversível, pois o ato de tornar-se adulto traz para a mão do sujeito a possibilidade de construir novos significados. Ou não. Depende do que o indivíduo deseje fazer com tudo que vivenciou.
O interessante é que pouco se fala sobre os falsos elogios. Acredita-se que elogiar é solução para auto estima, ser rodeado de pessoas que somente elogiam seria estar num lugar seguro, propício para o crescimento saudável. E pode ser que num momento por temer a desaprovação, manipular (elogiar ou beneficiar de algum modo para um dia ser elogiado ou beneficiado...) e ser manipulado conduza a um caminho para manter o controle. Como o "efeito colateral" desse "remédio" que sem dúvida, dá o maior "barato", mas do mesmo modo pode conduzir a caminhos não menos danosos. A frequência também vicia.
Conviver, nem sempre é fácil. Encontrar a palavra que eduque, promova trocas positivas e não desqualifique o agir do outro no caso de crianças e jovens é uma arte e no caso do adulto, promover encontros e parcerias pessoais/profissionais estimulantes, é um desafio.
Aprender a separar o ato incorreto do valor da pessoa como um todo. Dizer, você é desatento! É diferente de olha só, presta atenção nessa coisa x, faltou colocar isso ou aquilo...
Construir relações autênticas, não significa jamais brigar, competir, mas é falar de transparência de sentimentos, uma disposição de encarar a liberdade do outro de ser quem é. É falar de produtividade. Dar e receber...
Regina Bomfim
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