"Quando o outro se torna uma necessidade, o sujeito em questão abre mão dos seus referenciais. Embora conhecendo seus valores, seu sentido maior (...) é escapar à solidão".O OUTRO: ENTRE O PRAZER DO ENCONTRO E COMO NECESSIDADE
Ana Maria Lopez de Feijoo
Falar do outro é sempre falar de um planeta, de um mundo completamente diferente e isso pode ser lindo, ameaçador ou ambos os sentimentos. Quem nunca se sentiu ameaçado, quem nunca se assustou com o mundo do outro? Quem também nunca se deixou levar pelo encantamento de um encontro prazeroso com uma pessoa do seu coração ou numa conversa banal na fila do banco? Eu já "bati altos papos" na fila do supermercado, no banheiro de show... E foi muito bom porque foi leve E até mesmo profundo. Levar leveza para os relacionamentos nas horas boas e não boas é uma arte.
Ás vezes do nada, surgem encontros e sintonias lindas no cotidiano. O encontro com os amigos, as dificuldades, as gargalhadas. Assim como com parentes, colegas de trabalho, encontros ricos sempre podem acontecer. Assim como desencontros...
Como seres sociais que somos, tudo isso tem um impacto na nossa existência, nos ensina e sempre enriquece à medida que nos ensina sobre nós, mesmo naquilo que não queremos ser.
Olhar para dentro de si e saber das suas necessidades é uma medida importante para saber desfrutar do estar com o outro com verdade e alegria e não por sobrevivência, perdendo o sossego. Estar com o outro e estar consigo mesmo. Tudo isso pode ser lindo.
Eu penso que serei sempre aprendiz neste entrar no mundo do outro. Que eu saiba tirar os sapatos e me entregar mais e mais a esta experiência de mim mesma e do outro. Mas é tão lindo quando acontece com verdade, com brilho nos olhos e transforma ambos... Aprendo.
Regina Bomfim
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