Pular para o conteúdo principal

ENTREVISTA FLAVIO RICHIERI

ENTREVISTA FLAVIO RICHIERI



'Brasil restrito a visionários'


Aprender a usar as ferramentas tecnológicas é fácil. Difícil é juntar lé com cré: ou seja, associá-las a benefícios possíveis e criar soluções gerenciais. Tal a maior dificuldade do gestor de hoje, diz Flávio Richieri, professor da ESPM e sócio-diretor da GTS Brasil. Como contornar a deficiência? Desenvolvendo visão estratégica e conhecimento multidiscipinar.


O GLOBO: Que novos dispositivos tecnólogicos estão sendo usados lá fora para tornar a gestão mais eficiente?

Flávio Richieri: Dividimos as ferramentas de tecnologia da informação em três grandes grupos: 1) O primeiro visa a fazer automatização e gestão mais efetivas. Assim, se, por exemplo, você treina um funcionário para usar determinado programa, você pode mudar a plataforma tecnológica 500 vezes que ele não vai notar e trabalhar sem perder a eficiência. 2) O outro grupo refere-se à logística: antes, o foco estava centrado nos transportes. Agora está voltado para o planejamento e vendas. 3) O terceiro grupo de gestão do desempenho, permite identificar quais produtos ou pontos de venda estão dando pouco ou nenhum retorno. Trata-se de ganhos de volume, sendo que as ferramentas nos permitem associar diferentes processos: numa fusão, por exemplo, pode usar as plataformas das duas empresas envolvidas.


No Brasil, em que estágio estamos?
Richieiri: No Brasil, o uso dessas tecnologias está restrito a empresas visionárias, muito grandes ou de fora. Essas ferramentas, que são fundamentais para empreendedores que precisam se desenvolver, sobreviver, são pouco exploradas.
A causa estaria no custo? Os sistemas são considerados caros demais?
Richieri: Estes gastos têm de ser vistos como retorno de investimento. Além disso existem várias ferramentas com níveis de custos diferentes. A empresa tem que saber qual qual é o seu objetivo e as alternativas mais adequadas à realidade dela. Pode-se optar por usar Excel aliado a um programa simples de software. Ou pode-se optar por sistemas de US$ 1 milhão, US$ 2 milhões.
Que tipos de dificulddes são mais comuns entre profissionais?
Richieri: Uma dificuldade está na compreensão do que a tecnologia pode trazer. A execução é tranquila.
Mas fora da questão técnica, há dificuldades para associar ferramentas a novas idéias, não há? como corrigir isso?
Richieri: É verdade. Essa tembém é uma dificuldade: não saber como potencializar, como ir adiante, mesmo tendo a tecnologia nas mãos... A concepção/desenho das soluções exige além do conhecimento da tecnologia em questão, visão estratégica e conhecimento multidisciplinar por parte dos gestores. É preciso investir nesse perfil.
Fonte: Jornal O Globo caderno Boa Chance - pág 8. Data: 12 de julho de 2009

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

UM DIA..

  QUE UM DIA... A vida que se apoia no futuro, nos ideiais, tira muito do alvo que é viver no presente. Nossa! Falar em viver o presente é quase como sair numa missão pelo mundo, tipo todos esses filmes fantásticos, em busca de um objeto valioso... Tanto se fala, pouco se sabe e experimenta. Mas a vida segue nos seus dias que ensinam para os atentos e desatentos (que somos). Cada vez mais creio que a maturidade é um estado de atenção capaz de permitir que cada um desfrute de sua existência de modo cada vez mais intuitivo, simples, leve, natural. E nesta trilha que seja possível um dia se divertir com o fato de ser alguém único. Quando ouço o canto dos pássaros, o barulho do vento balançando as folhas das árvores e tantas cores que chegam aos meus olhos, penso que os sons e imagens que vejo e ouço, falam da diversidade, da singularidade como uma Lei da Natureza... No caminhar da Humanidade parece ter sido uma das leis mais desrespeitadas, o que acaba por produzir muito sofrimento de to

GUARDA COMPARTILHADA

Terapeutas Comunitários, psicólogos e outros que trabalham no Tribunal de Justiça e/ou outro órgão Jurídico . . . Foi aprovado O projeto de Lei da Guarda Compartilhada. O motivo desta informação vir por aqui, é porque também trabalhamos com família e se faz importante que profissionais, assistentes sociais, advogados, PAIS E MÃES, tenham consciência do que representa esta lei e sobretudo, a importância da CONVIVÊNCIA dos filhos com ambos os Pais. Neste link http://fotojornalismo.fot.br/arquivo/details.php?image_id=2014&sessionid=e99a880ac6d8b09e41e0d77fc44a3b87 é possível baixar uma cartilha sobre o assunto. Para discussão detalhada sobre o assunto, sugiro as seguintes associações no Brasil: PAIS PARA SEMPRE: http://paisparasemprebrasil.org/ http://pais-para-sempre.blogspot.com/ PAI LEGAL http://www.pailegal.net Associação Pela Participação de Pais e Mães Separados na Vida dos Filhos: http://www.participais.com.br/ Associação de pais e Mães Separado

ERRAR E HUMANO, PERSISTIR NO ERRO É BURRICE!

  ERRAR E HUMANO, PERSISTIR NO ERRO É BURRICE ! Errar é humano e não tem quantidade, tem o momento que a pessoa compreende algo. Um processo de aprendizagem pode ter várias camadas, até mesmo a camada do pensar ter entendido o que ainda de fato não entendeu. Uma experiência pode ter muitos aspectos que vão sendo revelados na sua execução e talvez leve um tempo para compreender e executar com excelência. Uma criança que aprende a andar experimenta sem a "pressão de ser vista como" incompetente.  "Quebrar a cara" quantas vezes for necessário é uma liberdade desde sempre em posse de cada um. E é um exercício se permitir a liberdade de experimentar. Um exercício. Isto também se aplica no desenvolvimento de competências emocionais. O perfeccionismo é diferente de dar o seu melhor. Dar o seu melhor é diferente de perseguir de modo obsessivo o "controle pleno" da situação. Quase sempre a resposta a isso é frustração e desgaste. Sempre vai ter alguém pra botar def