- Formação em engenharia e administração, experiência de 23 anos como CEO em grandes empresas e cursos de neurocoaching fazem o consultor João Carlos Cunha ser conhecido como um "oráculo", quando o tema é planejamento estratégico e futuro das organizações. Não à toa ele ajuda executivos a solucionar problemas, estimulando-os a colocar a caixola para funcionar
O GLOBO: Como a neurociência pode ajudar profissionais a atingirem metas?
JOSÉ CARLOS CUNHA: Nosso cérebro necessita de certezas e passa boa parte do tempo consciente, imaginando futuros, tentando antecipar o que vai acontecer. Por isso, quando nos deparamos com uma mudança, o inconsciente entra numa situação de desconforto. Para uma mudança ocorrer sem tropeços, devemos levar em conta este aspecto fisiológico.
E o que podemos entender como neuromanagement?
CUNHA: Sim trata-se de gerenciar, tendo o cérebro em mente.
E como fazer isso?
CUNHA: Reconhecendo a natureza dos nossos dilemas. Ou seja, ter clareza sobre o que queremos é crucial. Imagine a situação da mãe, convidada pelo marido para uma segunda lua de mel na Europa. Ela quer ir, mas a ideia de não poder levar o filho de um ano a tortura. O que fazer? Um processo de análise do dilema mostra que a melhor tradução para o problema é: quero ir mas sem deixar meu filho desassistido. E é essa clareza que permite identificar formas de contornar o problema e encontrar soluções, no caso, garantir que o bebê seja bem supervisionado durante a viagem do casal.
É possível trabalhar o lado criativo e inovador através da neurociência?
CUNHA: Sem dúvida! dilemas são resolvidos por insights. E insights são idéias, momentos em que tudo se encaixa e sabemos que estamos diante da resposta certa. A neurociência identifica que o insight é um processo cerebral, que tem pré-condições, pode ser estimulado. Melhorar tanto a quantidade de insights quanto a sua qualidade é um bom começo.
Fonte: Jornal O GLOBO - Caderno Boa Chance
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