Quando olho para mim hoje vejo que tenho tanto ainda a melhorar e muito pouco considero aquilo que já sou capaz de fazer e antes não era. Como diz uma linda canção de Djavan, Esquinas: "só eu sei as esquinas por que passei". Verdade, mesmo que ainda me sinta no deserto das ainda infrutíferas tentativas de modificar o que considero ser importante mudar, olho para trás e vejo que há longas pegadas neste mesmo deserto. Mesmo nos momentos mais "áridos", aconteceram momentos de alegria que se seguiram e pude bailar sentindo o beijo do vento.
Certa vez uma amiga escreveu um texto falando das emoções boas que ela teve comparando com o nascimento da filha e no final ela falava do ato de ser grata à Vida. Isto me tocou de modo especial, pois quase sempre nos esquecemos desta essencial gratidão, não tanto em função das coisas que ainda não conquistamos, mas pelo que já vivemos, já conquistamos.
Muitas vezes a gente tem o hábito de materializar a felicidade, costumamos dizer: "só serei feliz quando...". Começo a perceber lentamente que ser grato à Vida envolve tudo; a realização dos sonhos, mas principalmente aquilo que você não entendia e agora entende e já se sente capaz de fazer diferente, aquelas conquistas silenciosas que só você entende e que te fazem olhar a vida de outro modo; ouvir um pássaro que canta, andar na praia e respirar fundo sentindo a brisa do mar, estar com os amigos... Ah sei lá, o que você observa do momento que vive? Você costuma agradecer à vida pelas suas experiências? Escreva sobre estes seus sentimentos se desejar.
Regina Bomfim
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