Não vou contar o filme, claro! Pude entender que se tratava da busca do homem na direção de saber quem ele de fato é, fala de coragem em empreender esta busca ao mesmo tempo que também se refere à vulnerabilidade que sempre temos que encarar no nosso caminho e que não é possível ter tudo tampouco, saber tudo, o que se agrava ainda mais quando o homem se perde das suas referências, de quem ele é.
E isto me trouxe para os desafios do homem de hoje. Todos somos capazes de criar, desbravar ambientes hostis, mas também há uma coisa que de algum modo sempre nos mostra que nunca poderemos tudo e olhar para essa parte vulnerável de nós pode não ser uma experiência fácil. Por mais que o homem pense que controlou totalmente a natureza, por exemplo, vem um tzunami e deixa a humanidade perplexa, por mais que estejamos no auge da nossa potência de realização e colhendo frutos fartos daquilo que semeamos, vem uma doença, um revés qualquer, vide o que tem acontecido com a União Européia e os EUA, ilhas de prosperidade e excelência, perplexas frente a uma realidade que há tempos não viviam em sua história.
Fomos capazes de avanços enormes, mas ainda sabemos muito pouco quem somos, o que na verdade é para cada um de nós importante. Nós seres humanos tanto no mundo quanto no íntimo de nós mesmos vivemos momentos de perplexidade. Cabe a cada um encontrar os seus significados para caminhar em meio a tantos paradoxos. Nós mesmos e o mundo somos uma coisa só. Se esta é a vida, viver.
Regina Bomfim
Regina Bomfim
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