Ao fim de uma entrevista, há quase cinco anos, me ocorreu comentar com Niemeyer que tive um tio que trabalhara com ele na construção de Brasília, nos últimos anos 1950. Niemeyer me perguntou o nome. Depois de ouvir a resposta, já aos 99 anos tinha a lembrança na ponta da língua: "um rapaz forte, que usava óculos! Tão inteligente. Coitado, morreu tão cedo". A historia que me impressionou, nos deixa uma lição. Quer tenham vindo das montanhas de Minas ou do corpo de mulheres, as curvas de concreto que o arquiteto da sensualidade inventou, toda sua criatividade, tudo isso é coisa de gente que observa e que guarda suas experiências na memória (L.C)
fonte: Jornal O Globo - Boa Chance (Click!)
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