Como disse, ao longo da minha vida e até hoje costumo escrever sobre o que sinto. Tal prática me ajudou e ajuda até hoje. Levo algumas vezes meus escritos para a terapia. Isso sempre me ajudou a entender algumas coisas e me organizar evitando, em certos momentos, até atos impulsivos, além de trazer um bem estar por me ver em busca de uma intimidade maior com quem sou.
Falar de psicologia, saúde e prevenção é ver o homem como ser integral, entendendo que a saúde mental merece a mesma atenção por considerar que o mundo e o vasto mundo que há dentro de nós está em permanente mudança e sofrimentos e sentimentos acumulados podem adoecer. Observar e compreender estes sentimentos é evitar que se tornem transtornos crônicos. São sugestões. O autor faz coisas que não faço.
Se no meio de uma situação dolorosa for possível encontrar um espaço dentro de si para escrever sobre o que sente, já é dar um passo importante em direção a algum entendimento. Tem vezes que esta prática pode não ser viável por acontecimentos há muito acumulados porque é possível perder gravemente o "endereço de nós mesmos". Neste caso, procure ajuda especializada.
Ponha tudo no papel
Por Richard Carlson
Sabe-se há muito tempo que pôr as ideias no papel têm um valor tremendo. Num diário ou em pensamentos avulsos em folhas soltas, o ato de escrever é uma maneira saudável e inócua de analisar, ponderar, refletir ou expressar sentimentos.
Uma vez, quando tinha treze anos, fiquei furioso com alguém quando descobri que falava mal de mim nas minhas costas. Já ia confrontá-lo quando a minha mãe sugeriu uma alternativa:
- Por que não lhe escreves uma carta? Disse ela.
- Acha? Interroguei.
-Claro! Respondeu minha mãe - mas não lhe mandes a carta. Escrever exatamente o que sentes, e depois deita-a fora.
Lembro-me de ter pensado "que ideia!" mas concordei em experimentar.
O mais estranho foi aperceber-me de que minha mãe tinha razão! O simples fato de escrever os meus sentimentos tirou-me aquele peso do peito, e consegui livrar-me deles. Ao atirar a carta para o lixo, já me sentia muito melhor. Não havia necessidade de dar o passo seguinte e enviar a carta. Escrever foi o suficiente. O mesmo princípio se aplica a um diário. Anote os seus sentimentos e ficará surpreendido com a sensação de paz e satisfação que terá a maior parte do tempo. Não sei bem o motivo pelo qual funciona desta maneira, mas funciona.
E uma explicação ainda mais poderosa desta ideia é anotar os sentimentos positivos. Uma coisa que muita gente faz é manter um "diário de gratidão" concentrado em tudo o que acontece de bom na sua vida. O motivo porque este é tão útil, deve-se ao fato da pessoa manter a cabeça ligada aos aspectos positivos da vida e serve sempre para lembrar que apesar de poder ser difícil, há também muita coisa que merece gratidão.
Em Não Faça Tempestade num Copo de Água dei uma sugestão simples de escrever uma carta sincera uma vez por semana. Disse que o destinatário não era tão importante quanto o fato de a escrever. A ideia era realçar alguma coisa positiva sobre a pessoa e revelar a sua gratidão e outros sentimentos. Pode escrever a alguém que conhece - parente, amigo, professor ou vizinho - ou a alguém que não conhece mas admira e respeita.
Livro: Não Faça Tempestade num Copo de Água com a Adolescência: maneiras simples de manter a calma em momentos de estresse. Editora Rocco 1º edição. 2004.
Algumas vezes postei sobre este assunto. Leia um pouco mais:
Estresse e Ansiedade: Como lidar?
Criador e Criatura
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ResponderExcluirObrigada por sua visita!
ExcluirOi Regina,
ResponderExcluirEu li NÃO FAÇA TEMPESTADE EM COPO D'ÁGUA' e é muito bom. Adorei o texto. Às vezes também coloco no papel meu sentimentos e sempre aclara a mente.
Beijos
Desculpe a demora na resposta. eu também sempre que sinto necessidade faço isso e também me ajuda. Que bom que foi útil a você. Beijos
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