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REJEIÇÃO



Ser alguém que todos gostam é uma meta inalcançável. Perseguir o "ser gostado", é não permitir que o outro seja independente. É perder constantemente a batalha e a guerra no palco da vida.

Experimentar a rejeição e todos os seus sinônimos como a crítica, a vaia, solidão etc, é entrar em contato com o sentimento de abandono em algum grau. Por mais que doa e soe incompreensível em certas circunstâncias dizer que pode ser um aprendizado útil ou um livramento é menosprezar a força de um sentimento que tem uma força imensa para aquele que o vive no momento. Dói sim! Fazer "cara de paisagem", "ar de superioridade", nobreza? Hum, será?


Tudo muda em nós, nos outros, em toda parte de tempos em tempos e a Vida pode estar nos convidando a recomeçar, revisar nossos passos ou simplesmente deixar ir ou ainda decidir continuar aborrecido. Ser rejeitado é algo que não se pode evitar, na verdade, mas sempre existirá a opção do indivíduo entrar em contato com esta realidade avaliando  se há algum fundamento e se cabe mudança ou não. Ou continuar negando que tudo pode mudar à nossa revelia, buscando pessoas ou coisas e criando expectativas de situações "ideais" e "permanentes".

No fundo, nós não somos obrigados a satisfazer às expectativas dos outros e nem os outros a nossa. As expectativas que criamos são responsabilidade nossa e não do outro. É uma arte aprender a não criar expectativas de qualquer espécie e viver... Acreditando que no ritmo de cada um, é possível sobreviver a rejeição, a decepção e todos os seus sinônimos. 


Suponho que este texto diga a todos nós em algum grau (ai...rs), mas também pode ser útil aos adolescentes onde este tema adquire uma força imensa no seu ser ainda em desenvolvimento, pois os casos de suicídio entre jovens nestes tempos de bullying, ciberbullying, assim como depressão, ansiedade, automutilação, anorexia etc são preocupantes. 

 Dar mais atenção afetiva e de escuta respeitosa ao universo dos jovens pode ser um caminho capaz de promover riqueza e confiança na relação entre o jovem e o adulto responsável. Isto não exclui o ato de dar limites dos pais e responsáveis e cumprirem com sua função educativa.


Que possam surgir debates em toda parte, produzir encontros familiares ou não onde estas e outras questões possam ser tratadas mais abertamente. Compartilhe, comente (aqui no blog), se gostar.

Regina Bomfim.

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