Sabe aquele cara que conheceu a esposa na balada toda soltinha fazendo as mais famosas coreografias da Anitta, Ludimila e companhia?
Ela era a gostosa do baile, poderia ter todos que quisesse (e teve). Escolheu o cara por amor. Ela só dançava porque dançar a deixava alegre e nem sempre tinha um plano de sedução na cabeça quando saía na noite. Só quando ela queria ter. Dançar sempre foi mais e "o que tiver de ser será". Era seu lema.
Ela só tinha olhos para ele. O cara se encantou com a mais bela do baile, se casaram e ele pensou que ela ia aceitar ficar em casa, porque no fundo, ele sempre foi caseiro.
Ela quer dançar mesmo depois de casada porque dançar era uma coisa tão boa pra ela... Ela amava o cara que escolheu e ele passou a detestar a alegria dela. Sempre dava uma desculpa para não levá-la para dançar e ela queria ir com ele, mesmo sabendo que ele dançava mal. Ela nem ligava. Namorar o marido, sair os dois pode deixar tudo mais leve...
Ela pediu tantas vezes, até que um dia, para não brigar, a conselho dos amigos, eles saíram e foram para uma roda de samba num lugar ótimo.
Ela chamava atenção e ele odiava tanto isso...Ela sabia que agora sair para dançar era diferente, pois era uma mulher casada. Sabia disso.
Quando começou a tocar o samba ao vivo, a alegria da vida, da dança e da música se acendeu ,ela chamou o marido para dançar e ele não quis. Ela foi para a pista dançou sozinha. A mesa ficava bem perto da pista.
Todos os homens a olhavam, mas ela nem ligava. Só queria sambar e curtir aquele momento mágico para ela.
Ele ficava na mesa olhando pra ela de longe e com muita raiva, "espumando" de ciúme, querendo matar um que ousasse... Ela vinha suada e feliz, tomava a cerveja do copo, beijava o marido e voltava pra dançar.
Ele ficava encantado com os beijos da amada, via como era linda e o cara de sorte que era por tê-la ao seu lado. Ela tinha muitos predicados...
Seus beijos tinham o dom de deixá-lo ainda mais apaixonado. Ele relaxou lembrando de quando a conheceu e de repente começaram um jogo de sedução muito louco ali.
Ela veio de novo, bebeu um gole de cerveja e disse no seu ouvido coisas "impublicáveis". Ele mesmo não sendo um Carlinhos de Jesus, a envolveu em seus braços e deixou- se conduzir. Aquela noite prometia... Ele pensou:
- Por que não? Por que não negociar uns dias para ela, para nós...
Ele voltou pra mesa, porque sabia que tinha mesmo "dois pés esquerdos", e relaxou um pouco, mas continuava contemplando sua musa agora não mais como um segurança linha dura, mas como um homem contagiado pela alegria de ver a mulher amada feliz por tão pouco.
E assim foi a noite, repleta de promessas e surpresas. Ele encontrou um amigo e ficaram conversando.O amigo viu que ele não estava reclamando e xingando os homens que olhavam para sua mulher e pensou:
- Vai chover! Milagre esse cara não estar tão estressado...
E toda vez que ia na mesa, beijava seu homem e dizia no seu ouvido:
- Sou sua, seu bobo! Relaxa!
Sinto que a música do Chico Buarque tinha a ver com esse cenário.
Esta estória é para os caras que conhecem mulheres luminosas e depois pelo casamento tentam apagá-las tirando sua alegria, seu prazer mais profundo. Meninos, se ela te escolheu, relaxa, Deixa a Menina!
Regina Bomfim
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