VIOLÊNCIA DOMÉSTICA: SUGESTÕES DE PREVENÇÃO
Para não haver um excesso de informação num post produzido recentemente sobre o assunto, foi percebida a necessidade de destacar um elemento:
Pesquisas em violência doméstica são quase sempre unânimes ao falar da importância da PREVENÇÃO. Longe de "inventar a roda" e ter a pretensão de concluir um assunto complexo que deve ser abordado de modo a cada vez mais envolver diferentes campos do saber, algumas contribuições foram pensadas para este problema que afeta mulheres de todo mundo independente de raça, credo, condição econômica, local de nascimento...
Prevenção é falar sobre o assunto. Prevenção numa visão ampla, é também e principalmente dar maior agilidade às medidas protetivas no caso em que a mulher precisa sair de casa. É vital ter redes de apoio multidisciplinares que funcionem. A mulher vítima de violência precisa se sentir efetivamente protegida pela lei, pois a deficiência nestas diversas instâncias de cuidado é não conseguir prever o estágio mais trágico de toda esta longa jornada de violência: o assassinato.
Com a internet há muito mais chance de pesquisar, saber das leis, criar e participar de grupos. Este assunto deve estar presente nas escolas, como um dos elementos importantes da discussão sobre sexualidade, por exemplo. A Lei Maria da Penha deve fazer parte dos debates entre jovens. E esta também é uma forma de incluir os homens na discussão. Discutir sobre a masculinidade.
Com a internet há muito mais chance de pesquisar, saber das leis, criar e participar de grupos. Este assunto deve estar presente nas escolas, como um dos elementos importantes da discussão sobre sexualidade, por exemplo. A Lei Maria da Penha deve fazer parte dos debates entre jovens. E esta também é uma forma de incluir os homens na discussão. Discutir sobre a masculinidade.
Prevenção no microcosmo das relações interpessoais, no meu entender, é fazer uso do verbo OBSERVAR. Este verbo está presente em duas situações fundamentais:
- Observar a si mesma: a busca por um parceiro é prazer ou necessidade?
- Observar como a relação se desenvolve no início. Um "ator", por melhor que seja, um dia esquece "o texto".
COMO UMA DEUSA: ELE NÃO TE BATE, MAS...
O homem que trata a mulher como "rainha" com mimos de toda espécie também pode se tornar um relacionamento abusivo quando a mulher se vê constrangida a obedecer o "script", sendo o que é esperado pelo parceiro. No momento que desejar mudar de "script" (estudar, voltar a trabalhar, aceitar aquela promoção que fará com que ganhe mais que o namorado/marido, sair com amigos, fazer terapia etc), a relação começa a sofrer abalos sutis ou não. Um relação abusiva é sempre aquela que restringe a expressão autêntica, que não permite a mudança do outro.
É importante ressaltar que a violência psicológica em maior ou menor grau é sempre o ingrediente presente em todas as outras formas de violência contra a mulher no ambiente doméstico ou fora dele por pressupor que a mulher é um objeto, algo menor. Ela está presente na violência física, na sexual, na patrimonial (financeira), por isso a importância de se pensar em construir uma independência além de financeira, mas também emocional.
Regina Bomfim
Comente, compartilhe. Grata por sua atenção!
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