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ABUSO DE PODER NAS RELAÇÕES

ABUSO DE PODER NAS RELAÇÕES

Usar o amor,  o sentimento de valor pessoal de alguém como modo de disciplinar um ser em construção ou  para produzir qualquer outro tipo de comportamento desejado numa relação adulta, é "jogar a carta mais alta no jogo das relações humanas" (que não deve ser um jogo, na verdade). O amor precisa ser guiado por condições?

 Disciplinar pelo que precisa ser disciplinado e não usar o amor (perder ou ganhar amor) como ameaça pois quase sempre causa confusão e sofrimento no ser objeto desta ameaça,  principalmente se é uma alma em desenvolvimento.  É abuso de poder que pode causar danos emocionais tanto quanto a violência física. Falar de abuso de poder não se refere apenas a situações hierárquicas, mas alguém indo além do que pede uma relação.

Isto é um acontecimento comum nas famílias e aparentemente  se mostra  como um modo rápido de obter um comportamento desejado. Reproduzir tal atitude ainda é bem natural, pois em geral o indivíduo foi educado desta forma.

É importante ressaltar que há almas mais vigorosas, mesmo em tenra idade que não se afetam por esta situação,  mas há outras mais sensíveis (nem por isso fracas nem incompetentes, apenas diferentes e igualmente lindas) capazes de se abalarem a ponto de acabar vivendo relações tóxicas na vida adulta ou se tornando também uma pessoa tóxica em seu meio se foi exposta com frequência a este tipo de relacionamento.

Somos humanos, erramos,  muitas vezes querendo acertar e reproduzimos modelos que nem sempre se ajustam à situação vivida no presente.Este texto acabou surgindo quando fazia as correções do post anterior, no momento que convidava  o leitor a sair do conceito moralista de bem ou mal, certo ou errado no contato com seus apelos internos.

Mesmo que uma pessoa tenha sido exposta a este tipo de situação e guarde marcas que interferem de modo negativo na sua vida atual, é possível  redefinir seus rumos caso assim deseje. Ninguém está condenado a uma vida infeliz por uma coisa ruim no passado. Cuide-se. Se precisar de ajuda, procure.

Regina Bomfim

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